Blade Wolfpire - 11 Capitulo



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                             11 Capítulo:

    Levou uma fração de tempo para poder enxergar em meio a fumaça e cinzas daquelas coisas, mas assim que foi limpando o ambiente, minha mente também ficava mais clara.

    Embora meu corpo se recusasse a se distanciar de Jason, eu precisava faze-lo com urgência e lentamente fui me separando de seu aperto. Minhas mãos tremiam e evitei de chorar como uma garotinha, mesmo a vontade quase me tomando por inteiro. Ele havia feito um trato com Carlos e ambos sabiam o que estava em jogo, minha vida.  Como se minha vida não pertencesse a mim.


  Dei meia volta para sair dali antes de demonstrar minha fraqueza e sai andando, mas não antes de Jason tentar me impedir.

— Espere. Você não está segura aqui. — Disse como se eu não tivesse percebido.

  Eu ri daquilo não por que era divertido, mas por que estava com raiva dele. Ele chegou do nada e havia conquistado minha confiança. Havia me feito gostar dele, para depois amedrontar minhas noites junto com seus coleguinhas bizarros.

— Aqui? Com você? — Perguntei. — Me poupe. Como se você se preocupasse muito com meu bem-estar.

  Ele piscou uma, duas vezes antes de me responder.

— Eu contei para você, e você parecia ter aceito.

  Eu o olhei acusadoramente de cima a baixo.

— Pois é, não?! Até por que não me incomodava se fosse um duende, uma fada, um lobisomem ou vampiro. — Disse gritando com ele. — Você pensa que sou idiota? Me conquistando e fazendo acordos pelas minhas costas, como se eu fosse uma qualquer. Como se minha vida não valesse nada. Ainda mais fazendo um acordo com Carlos, de todas as pessoas. O cara em que menos confio e que me irrita e enoja profundamente. Serio isso Jason.

  Eu podia não ser Expert no assunto homens, mas sabia muito bem identificar quando um estava puto da vida, principalmente por ser descoberto.

  Ele me encarou com seus olhos agora, da cor naturais ou aparentemente normal para humanos.

— Fiz isso para proteger você.

 E eu simplesmente, dei as costas e disse em bom tom.

— Foda-se. Eu me viro sozinha. Antes só do que mal acompanhada. Obrigada.

 Quando cruzei os corredores e entrei no ginásio em meio a festa, avistei Carlos. Ele olhava desconfiado para os lados, com certeza para ver se seus planos haviam sido consumados. Lentamente me aproximei dele e quando ele menos esperava , dei uns dos meus melhores socos em seu nariz. A sensação foi de algo se desfazendo na minha mão e não admirei caso tivesse quebrado seu nariz, ele merecia. Carlos parecia tão surpreso em me ver que levou uns segundos para seu nariz lembra-lo de quem o havia feito. No começo foi raiva, depois Carlos parecia levemente assustado. Atrás de mim milhares de olhos sobre minhas costas. Foi quando me virei para encarar a todos, me encarando com os mesmos olhos de quem havia sido hipnotizados de volta. Como se todos houvessem ensaiado uma cena de filme de terror.

— Caralho. — Disse antes de dar mais um soco, dessa vez no estomago de Carlos. — Filho da puta, olha só o que sua burrice fez.

   Ao invés dele parecer bravo, ele parecia satisfeito com sigo mesmo.

— Burro? Não querida, sou muito esperto. Você pode espancar a vontade. 
Há várias aberrações aí fora louco por sangue de uma virgem por aí. E essa é você. A presa perfeita.

Agarrei minha faca de caça novamente sabendo que estava lascada até o pescoço literalmente e agora sem ajuda nenhuma.

    Os corpos dos estudantes começaram a abrir caminho para alguém, alguma coisa e não demorou muito para ele sair. Ou pior...Eles.
Três homens para ser exata. Um a cara do outro, só se diferenciavam pelas roupas e pela cor dos olhos, verde, roxo, branco. Tão brilhantes como se pudessem se iluminar na noite mais escura. Todos altos, magros com braços longos e sorrisos arrogantes.

Olhem. Primeira vez que fazemos algo por um lanche tão bom.

  Eu queria chutar o traseiro deles. Quase podia sentir como se realmente pudesse... Daí que lembrei que a faca não era totalmente inútil e parecia incomodar a eles o bastante para faze-los gritar.

O primeiro de olhos verdes cintilantes se aproximou e acariciou meu rosto.

— Essa parece diferente não?! ­— Disse encarando me nos olhos. — Olha só o cheiro... — Inalou meu cheiro lentamente como se eu fosse uma daquelas costelas assadas pronta para ser devorada.

  Ele abriu seus lábios ligeiramente e puxou meu cabelo com força para trás para deixar meu pescoço a mostra. Quando se aproximou eu o apunhalei com força e derramei minhas lagrimas que estava segurando há algum tempo.

Eu nunca machuquei ninguém... Nunca... Nem mesmo o Ed.

    Ele encarou seus irmãos assombrado antes de sua pele ficar mais pálida que o possível num tom acinzentado e seus olhos se tornarem brancos como a de um morto.  A ação foi rápida. Ele caiu no chão depois enquanto seus irmão me encaravam surpresos e logo ele se explodiu em milhões de partículas de pó.

— O que você fez? — Disse o de olhos roxo.

Eles mudaram para posição de ataque e Carlos riu atrás de mim enquanto se encaminhava de costas para a saída.

Filho da puta.

— Bem. Acho que é minha deixa... — Disse ele antes de partir.

  Antes que os dois irmão partissem para cima de mim, a porta do ginásio foi arremessada contra eles e Jason apareceu com suas roupas todas rasgadas como se tivesse saído de uma guerra contra espadas. Ele estava sujo de sangue, mas seu corpo não parecia ter sofrido nenhum dano, então provavelmente o sangue não era dele.

  Um por um, os adolescentes acordaram e começaram a correr para a saída, gritando se espremendo e pisando uns nos outros. Ao longe ouvi uma voz forte como uma tempestade.

— Fuja! — Ele gritou. E o fiz. De um jeito não tão eficiente.

Para evitar ser pisoteada pelos estudantes, corri para o outro lado, onde teria que passar por uns pares de corredores antes de encontrar a saída de emergência. Claro. Que não estava sozinha. Jason estava cuidando de uns dos irmão, enquanto o outro estava em meu encalço. Ele não estava na velocidade sobrenatural, mas isso devia ser pelo fato dele estar com uma ferida enorme na perna, muito parecida com a de algum animal.

  Corri deslizando pelos corredores de salto alto, até que ele cedeu e acabei caindo enquanto corria cruzando o corredor da diretoria. Ele me agarrou assim que cai no chão e se jogou sobre mim tentando me morder. No processo acabou rasgando meu colete e arranhando meu braço profundamente com suas unhas afiadas. Ele tentou me morder novamente enquanto segurava meu braço diante de seu corpo e o chutei para dar espaço, infelizmente fiz isso com a perna que estava doendo e uivei de dor. 

Ele sorriu satisfeito por ter me causado alguma dor.

   Ele me puxou pela perna e ela deu um estralo me fazendo realmente gritar a todos os pulmões.

   Eu nunca tinha quebrado um osso, mas se tivesse ... a dor seria a mesma que estava sentindo agora. E chorei de dor. Ao longe dava para se ouvir barulho de coisas se quebrando e imaginei que o outro irmão deveria ser bom lutador, pois se não... Jason já estaria ali fazendo picadinho do outro.

—  Não parece tão forte e segura agora. —  Disse ele satisfeito, exibindo suas presas para mim.

   Eu o encarei e tentei sair de perto dele engatinhando pelo chão. Quando ele me agarrou por trás e me levantou de lá. Achei uma brecha no peito dele quando ele me levantou. Se eu golpeasse seu peito passando minha faca de caça entre o espaço livre de meu braço... E foi exatamente o que fiz. Não acertei o coração, mas foi o bastante para ambos cairmos no chão e uivarmos de dor.

—  Maldita! —  Gritou com uma voz demoníaca. Ele tentou remover a faca, mas o cabo queimou seus dedos. Não perdi a chance e girei o cabo com minhas próprias mãos e ele parou de se mexer. Não estava morto, mais talvez estivesse desacordado pela dor. Quando tirei o ataquei com fúria o esfaqueando enquanto minha perna me fazia querer morrer de dor.
Logo seu destino foi o mesmo de seu irmão.

    Quando Jason me encontrou eu estava lastimável. Jogada num canto, machucada e com a perna quebrada uivando de dor.

 Ele parecia preocupado.

— Essa noite parece que não...acaba...nunca. — Disse com a voz entrecortada.

Para minha não alegria, Jason me respondeu.

— Deve ter mais lá fora.

Uivei novamente perdendo as esperanças.

— Carlos deve ter feito vários tratos, quem conseguisse primeiro o transformava.

  Carlos queria ser jovem para sempre? Se eu não estivesse machucada o bastante teria rido daquilo. Ele sempre tinha sido metido e arrogante, só pensava em si próprio, mas chegar a procurar forças misteriosas....não sabia dizer se ele era esperto ou burro demais.

— Todo esse... trabalho... por causa de sangue. Meio... ridículo isso. — Arfei.

 Jason me encarou pensando no que faria.

— Não posso deixar você assim. — Antes que eu pudesse pedir que ele deixasse que não teria problemas ele mesmo furou seu pulso com suas presas. Sugando seu próprio sangue e me obrigou a beber de sua própria boca. O gosto era forte e grosso e passou queimando em minha garganta. Nojento no mínimo.

   O efeito colateral não era o que eu estava esperando. Minha perna começou a latejar e consegui ouvir um estralo novamente e a dor havia passado dando espaço a espasmos musculares e uma onda quente se apoderava de meu corpo. Meus ossos e minhas dores estavam curados, mas Jason ainda não havia tirado a boca da minha. Mesmo quando gemi dentro dela por causa dos espasmos e espremi minhas pernas para tentar controlar, mas só havia piorado a situação. Não havia tido um orgasmo na vida e vem um vampiro e me faz ter um naquela situação.

— Isso foi o que eu estou pensando? — Perguntei assustada e surpresa.  Jason limpou sua boca suja de sangue e deu um meio sorriso.

— Sem dúvida.

  Ele me ajudou a me levantar e para meu milagre, não havia mais vampiros para mim naquela noite. Não por que não tinham mais caçadores para mim, mas por que já estava amanhecendo e eu teria que lidar com o fato que logo a noite chegaria outra vez.

   Jason me deixou em casa e não insistiu quando quis ficar sozinha. Pois sabia que eu estaria segura na luz do dia, mas quando a noite chegasse eu precisava estar preparada para qualquer coisa.

 Quando entrei minha mãe e Jerry estavam na cozinha me esperando. Eu estava acabada, suja e cansada. Eles me encararam por um tempo antes de minha mãe perguntar.


— Onde está o Ed? — E lá estavam meus problemas batendo em minha porta.

           
                         

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