A Maldição dos Wolf - 24 Capítulo

                          
                                 
                 24 Capitulo             
Helena...
  Aceitando a provocação de meu namorado Raymond, decidi me encaminhar a mansão amaldiçoada de The Wolf’s Hell. A mansão Wolf.

─ Você vai chorar antes que pise realmente lá. ─ Disse me provocando com seu sorriso amarelado. Provavelmente ele estivesse certo. Destiny que era mais corajosa para essas coisas.


  Ergui meu queixo o encarando com arrogância.

─ O que tenho que fazer? ─ Perguntei. ─ Já que você não quer ir ,seu amarelão, como vou provar que estive lá.

Ele deu de ombros.

─ Tire uma foto.

─ Ok.

   E dei meia volta me tratando de me encaminhar para lá, a pé. O pior de tudo era que eu não tinha carro e Destiny há uma hora dessas já estaria dormindo. Com as provas de fim de ano chegando  ela teria passado o dia de cara nos livros e eu nem sequer foliei algum. Ela também ficaria brava comigo se eu dissesse que iria num lugar daqueles. Destiny vivia me dizendo para não mexer nesse tipo de coisa, pois se algo realmente estava lá, ninguém deveria mexer. Ela sempre era assim em relação á coisas sobrenaturais. Ela sempre tinha os tais pressentimentos. Mesmo que ela ficasse brava, eu tinha certeza que se eu dissesse que estava lá quando chegasse ela viria ao meu encontro, mas isso só provaria ao Ray que ele estava certo.

Eu era o lado fraco da força e a Destiny o forte. Isso por que sempre que rolava alguma coisa ruim eu corria para o lado dela, sempre tinha sido assim, mas eu nunca achei nenhum problema, até Raymond começar a me encher. Falando da minha amiga ultimamente, quase o tempo todo e nos comparando. Eu a amava, mas a atitude dele estava muito escrota. E depois de esfregar na cara dele minha coragem, eu o daria um belo chute nas bolas junto com um grande pé na bunda.

No fundo Destiny tinha razão desde o começo em que comecei a sair com ele. Ele era um cuzão. Foi exatamente isso que Destiny havia me dito quando eu disse que estava saindo com ele. Ela apenas o olhou de cima a baixo e disse: “ Putz, o cara é um cuzão.” E ela estava certa!

  Quando cheguei na mansão Wolf depois de quase duas horas a pé eu encarei o terreno.

- É agora! Sussurrei com uma determinação falsa, pensei que se parecesse determinada me sentiria mais confiante mas isso não funcionou como pensei, isso somente me fez derrotada!

   Olhei para o céu e amaldiçoei ele por não ter lua cheia hoje, isso fez com que o terreno envolta da mansão parecesse um filme antigo de terror, embora a mansão fosse razoavelmente velha se mantinha em um ótimo estado. A noite estava um breu por ser lua nova e nas montanhas onde me encontro não há postes com iluminação e também... ninguém quis vir aqui a muito tempo, desde que um grupo de adolescentes desapareceu misteriosamente enquanto faziam trilha a noite. E para ajudar tinha uma névoa muito densa em volta das montanhas e no terreno, nesta parte da cidade era o único lugar que fazia frio ,abaixo da montanha onde encontram-se os habitantes é muito mais quente e aconchegante.

     Abri o enorme portão com muito esforço, pois com os passar dos anos  o clima úmido das montanhas fizeram com que ele enferrujasse, fiz de um modo forte e ao mesmo tempo cuidadosa por medo que qualquer som poderia acordar os mortos comedores de cérebro e faze-los correrem atrás de mim para comer o meu. Poderia rir com meus pensamentos, afinal, não poderia existir mortos andantes comedores de miolos! Pelo menos...  esperava que não.  Meu cuidado com o portão foi inútil, ele fez um barulho horrível e me fazendo pular de medo. Meu coração foi a mil disparando todos os alarmes do meu cérebro.

"Você está tããoo ferrada Helena!" A minha consciência gritou para mim. Entrei no terreno e sons abafados de passos pesados chegaram á mim, não pensei duas vezes e dei meia volta para poder sair dali.       

    Mas seria inútil. Mesmo que eu conseguisse fugir, eu estava a pé e cansada do jeito que estava qualquer coisa seria mais rápida que eu.

− Jesus! ─ Disse quando os sons dos passos soaram mais próximos e eu tinha a impressão que estava vindo em minha direção e o único lugar aparentemente seguro era dentro da mansão dos Wolfs, mas seria impossível de entrar lá, pois se havia uma coisa aqui fora, poderia ter mais lá dentro.

Eu ia me arriscar.

"Deus, onde estaria Destiny na hora em que mais se precisa dela?!"  Ah sim .Pensei. Se eu não fosse tão burra! Poderia ter deixado uma mensagem de texto em seu celular para ela vir comigo ou avisar que vim aqui por causa de uma aposta com o meu futuro-ex-namorado, por que obviamente, se algo me acontecesse quem encontraria meu corpo? Principalmente onde todo mundo tem medo de estar?! Putz, nem os policiais rondam essas bandas mais!

  Quando estava me encaminhando com passos cautelosos até a mansão alguém agarrou meu braço e gritei como uma maluca desesperada e uma voz que eu reconhecia e repreendeu.

─ O que está fazendo aqui sua louca? ─ Disse Destiny com um ar triunfante, e com um sobretudo negro e botas de salto agulha. Parecendo aquelas heroínas dos filmes de ação. Se eu não a conhecesse , pensaria que ela tinha super poderes!

Lagrimas me vieram aos olhos de tanta emoção em ve-la.

─ Achei que ia morrer porra.

 Ela riu e colocou a mão no meu ombro.

─ Vamos embora antes que alguém te veja.

Mas antes que eu pudesse ir , uma luz aos fundos da casa acendeu e toda a cor do meu rosto se esvaiu .

─Ai meu deus! Nós vamos morrer! ─ Disse desesperada tentando puxar Destiny pelo braço, mas ela deu de ombros, calma como um monge.

─ Olha só, você acordou todo mundo, que bosta. ─Disse frustrada.

Meu medo aumentou fazendo meu sangue congelar. E se não fosse a Destiny? Pensando bem... como ela sabia que eu estava ali? Como tinha chegado antes de mim ? como ela sabia que eu tinha acordado ? e como se ela tivesse lido meus pensamentos ela me encarou e fez sinal com as mãos para que eu me acalmasse.

─ Não precisa pirar desse jeito.

Engoli em seco sem entender nada. A porta da mansão abriu e um homem enorme podia ser visto na porta, Loiro, bonito junto de um cachorro enorme que se lançou sobre Destiny assim que ele a viu. Gritei novamente tentando obter ajuda. Aquilo era do tamanho de um urso! E era feio como o demônio!.

─ Ai . MEU DEUS! ELE VAI COMER ELA!.

E Destiny ao fundo começou a rir e me encarar, enquanto o homem se encaminhava para nós.

─ Ele não vai me comer. ─ Disse ela rindo enquanto o cachorro demoníaco lambia todo seu rosto. ─ Meu namorado mora aqui.

O homem bonito que podia se namorado dela se aproximou e se apresentou.

─ Alexander Wolf. Prazer. ─ Disse se apresentando com uma voz parecendo vinda dos céus.

Ele mal prestou atenção em mim e foi direto ajudar Destiny a se levantar. Os dois se olharam num momento de silencio e ele parecia estar perdido por um momento sem saber o que ia dizer, até que ela finalmente falou alguma coisa.

─ Eu sei. Vocês ficam perdidos sem mim. ─ E os dois sorriram e eu não entendi nada. Não precisava ser esperta o bastante para saber que minha amiga tinha uns bons segredos escondidos e que com certeza, era a garota mais corajosa e sortuda que eu podia conhecer. E que Ray, com certeza ia encher meus ouvidos quando ouvisse a noticia da cidade. A mansão Wolf não só era normal, como Destiny estava namorando um dos caras mais gatos da cidade, como também frequentava a mansão que metia mais medo no povo, menos nela.

─ Vamos entrar ! ─ Disse ele todo feliz, mas Destiny recusou enquanto me encarava.

─ Desculpe. ─ Disse ela se encaminhando em minha direção. ─ Vou leva-la para casa primeiro.

  Não só ele parecia desapontado, como até o cachorro demoníaco parecia estar triste.

Ela se despediu de ambos com um abraço e me arrastou de volta para casa. No meio do caminho ela parou na casa de Ray e tocou a campainha. Quando ele abriu a porta ela meteu-lhe um chute premiado em suas bolas que quase o fez uivar de dor. O que foi engraçado e meio estranho, já que eu não tinha contado á ela, por que eu estava lá;

─ Por que você fez isso? ─ Perguntei enquanto ela entrava no carro com um sorriso no rosto.

 Ela me olhou chocada por um instante e depois respondeu.

─ Ah. Não precisa ser esperta para saber que ele fez alguma coisa. ─ Respondeu. E depois resmungou para si mesma feliz.


“ É bom manter certos costumes...”

                
                           

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